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CASAL QUE OROU POR FILHO EM VEZ LEVÁ-LO AO MÉDICO PEGA SEIS ANOS DE PRISÃO

Oregon City, no estado de Oregon (EUA) parou para acompanhar uma condenação polêmica: Dale e Shannon Hickman, foram condenados a 75 meses de prisão e três anos de liberdade condicional pela morte de seu filho que poderia ter sido facilmente evitada caso a tivesse procurado um médico ao invés de acreditar na cura através da fé. Com o tribunal lotado de fiéis seguidores da igreja, que evita o uso da medicina tradicional, acreditando na cura através da fé, o júri decidiu por unanimidade condenar por homicídio em segundo grau o casal cristão pela morte do filho, David Hickman. O Juiz Robert Herndon que sentenciou o casal disse que as evidencias eram muito claras e assim aplicou a pena mínima, obrigatória sob as normas de condenação do Estado. “Como as evidências apresentadas pelas testemunhas são tão contundentes, tornou-se claro para mim e certamente para o júri que esta morte, simplesmente, não precisava ocorrer”, disse Herndon. Antes da condenação o casal implorou por m...

Megatemplos religiosos: prova de fé ou de poder?

Megatemplos religiosos: prova de fé ou de poder?
O Tempo de Salomão, da Igreja Universal, foi inaugurado em 2014 e tem capacidade para 10 mil pessoas (Foto: Wikipedia)


Lar de megatemplos religiosos, São Paulo está prestes a ganhar mais um: o Templo da Graça, da Igreja Internacional da Graça de Deus, no Bom Retiro, região central da capital. Terá capacidade para 10 mil pessoas sentadas, assim como o Templo de Salomão, da Igreja Universal, inaugurado na capital em 2014.
Só no Estado de São Paulo já existem pelo menos cinco megatemplos religiosos, como o santuário católico Theotokos – Mãe de Deus, idealizado pelo padre Marcelo Rossi, com capacidade para até 100 mil pessoas em Interlagos, e a Cidade da Glória de Deus, em Guarulhos, que comporta até 150 mil fiéis.
Para o professor titular de ciências da religião da PUC-SP, Jorge Claudio Ribeiro, isso demonstra uma disputa entre as igrejas para provar ao seu público quem tem mais poder – e tem o efeito de transformar a capital paulista em um ponto de turismo religioso.
“O catolicismo fez isso durante milênios, com a basílica de São Pedro, o barroco. Os evangélicos do século 21 estão aprendendo com os católicos porque viram que aquela foi uma experiência mais bem-sucedida. Outros exemplos disso são a Marcha para Cristo, imitando as procissões”, disse.
Para o professor de pós-graduação em ciências da religião no Mackenzie, Rodrigo Franklin, essas obras são sinais da mercantilização da fé.
“Vemos algo bem diferente do antigo cristianismo tradicional, que pregava como prioridade o sacrifício, o amor ao próximo. Hoje, os fiéis buscam autoajuda, quer ser rico agora, então ele não quer mais a pequena comunidade. Se o cara está falando que você vai ficar rico, é incoerente ele ter uma igrejinha. Se o pastor quer mostrar que o poder dele é real, ele vai continuar construindo coisas extravagantes”, afirmou o professor.
Ele diz ainda que construir templos cada vez maiores é uma tendência mundial, e Brasil e os Estados Unidos são os países que se destacam. “Na Antiguidade, grandes templos eram sinal de poder e autoridade. Hoje, é uma competição. No contexto de São Paulo, é uma questão de mercado porque é uma cidade rica e tem de tudo”.


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