 |
Rosenberg: por que um deus benevolente permite a crueldade? |
O filósofo ateu americano Alex Rosenberg (foto), 67, disse que se tornaria cristão se o teólogo William Lane Craig (na foto abaixo), 64, desse uma explicação razoável por que Deus permite a existência do mal.
O desafio foi feito na sexta-feira durante o debate “A fé em Deus é razoável?” de 90 minutos na Universidade de Purdue, em West Lafayte, Indiana (EUA), com transmissão on-line e patrocínio de uma organização cristã.
Rosenberg pediu que Craig desse uma explicação lógica e coerente sobre como um deus benevolente e onipotente pode ter permitido horrores como o Holocausto, Guerra Mundial e peste bubônica.
“Até agora, ninguém foi capaz de dar uma explicação convincente”, disse Rosenberg.
Craig respondeu que, na visão cristã, é falsa a suposição de que o propósito de Deus é apenas tornar as pessoas felizes nesta vida.
Ele argumentou que o objetivo da vida não é garantir a felicidade às pessoas neste mundo, mas obter o conhecimento sobre o transcendente. “Existem muitos males que aparentemente são sem sentido, mas eles não são inúteis no que diz respeito à produção de conhecimento sobre Deus e a salvação eterna.”
Ele costuma dizer que o universo não tem nenhum propósito e que a vida não tem significado. Para ele, a vida é “sorte” de que está vivo e não há nenhuma diferença entre o bem e o mal e que as pessoas procuram ser boas para com as outras porque isso as faz sentirem bem.
 |
Craig: sofrimento é útil para conhecer Deus |
Craig é um americano defensor do criacionismo que se notabilizou como polemista ao participar de debates, principalmente com ateus. Chegou a chamar o cientista Richard Dawkins de “covarde” por se recusar a um debate. Ele é admirado pelos cristãos mais intelectualizados.
Aparentemente, os cristãos eram maioria na plateia do auditório da universidade e na audiência on-line, porque uma votação deu Craig como vitorioso no debate.
O apologista Lee Strobel afirmou ao Christian Post que já esperava a vitória de Craig, porque o cristão contou com a vantagem de ter “a verdade do seu lado”.
Quanto a Rosenberg, ele saiu do debate tão ateu como entrou, porque não aceitou a explicação de Craig sobre por que o Deus cristão tem sido tão condescendente em relação ao sofrimento humano.
Comentários
Postar um comentário